A barata
Caminhamos desnorteados
feito a pequena barata tonta
que se assusta com a companheira esmagada.
É tão ruim quando um grande significado
- de nossa vida -
perde a sua significância.
Transitamos pelo sussurro da água
que escorre pelo esgoto
do (i)mundo.
Surdo é o silêncio
do crepúsculo
da alma
que se veste de cinza
negro
escarlate
mesmo no meio da
própria aurora boreal.
Surdo é o silêncio
que fica lá fora
longe
bem longe
de nossa sombra barulhenta.
Esmagados
os ombros insistem em resistir
ao pé
do peso
do pesadelo
iliterato.
Vazio é o caminho
desnorteado
da barata
feito pedra
no caminho.
Nós,
- o vácuo da empatia -
embriagados pelos símbolos
somos apenas
descamisados de Gaia
sem caminho.
A barata
kafkou comigo...
Esbugalhada!
Ao menos não pisotearam
no pedregulho de Drummond!
Carlos Giovani Delevati Pasini
Santa Maria, 02 de janeiro de 2013
E-mail do autor: gpasini@ig.com.br
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